Muita gente que tem acesso a material de qualidade, tem tempo e apoio para estudar relata sentir-se patinando no lugar, quando se trata de avançar na aprendizagem. Mesmo tendo condições de estudar ainda é preciso um passo anterior: querer ser um estudante. Essa é uma questão de escolha mesmo.
A maioria são alunos, alguns poucos são estudantes.
O aluno fica passível sobre a informação que está recebendo, aprende alguma coisa na aula, de vez em quando faz alguma anotação. É um barquinho sem rumo no oceano, talvez chegue a algum lugar (que não escolheu), talvez fique navegando em circulo e sem chegar a lugar nenhum mesmo.
Já para ser um estudante é preciso ter objetivos, saber onde está e aonde quer chegar. Objetivos precisam ser mensuráveis, ou seja, ou você tem uma lista dos conteúdos que quer dominar, ou uma nota que quer alcançar, ou outro esquema mas, sempre é preciso algum tipo de planejamento.
Vamos então ver alguns passos que podem estar nesse planejamento:
1.Estabeleça as metas e objetivos
Esse passo é o começo de tudo. Imagine seu cérebro como um GPS (Global Positioning System” ou sistema de posicionamento global), você precisa dar as coordenadas certas de onde quer chegar. Você não vai programar um GPS digitando: vamos indo para frente, uma hora a gente chega lá! Lá onde? Se fosse em um carro nem sairia do lugar! Pois estudar sem ter feito um planejamento é a mesma coisa, com a agravante de estar perdendo tempo e energia.
Assegure-se que esse plano de estudos seja possível de ser realizado, se ficar muito grande, divida-o em partes para serem realizadas em período predeterminado.
2. Defina seu ritual e horário de estudo
Quando você tem um ritual bem estabelecido de estudos, incluindo o local, a organização do material, a distribuição das disciplinas por dia e horário, aumenta suas chances de se manter firme nos objetivos. Comece com poucos 20 minutos por dia, até chegar 1 hora de investimento. Parece pouco, mas já é um bom começo para se tornar um estudante de verdade. Pra quem não estudava nada com 1 hora por dia, cinco dias na semana, serão no mínimo 20 horas por mês.
3.Utilize uma variedade de estímulos e materiais
Você não precisa se ater apenas aos livros e apostilas indicados. Busque material sobre o assunto. Ler mais do mesmo, escrito de outra forma ajuda na memorização. Participar das aulas de monitoria também pode ser um reforço para a retenção desse conteúdo, se você tiver a oportunidade de ver outra pessoa explicando novamente o assunto aproveite! Atualmente os estudantes podem ainda contar com vídeo- aulas no YouTube, há uma variedade de boas aulas disponíveis.
4.Aprenda a anotar
Ouvir e anotar é definitivamente um canal para a memorização. Desenvolva um estilo de anotação (índice, mapa mental, mini resumo de conceitos) e seja fiel a ele. Na hora de evocar a memória essas anotações farão uma grande diferença.
5.Durma bem
Existem vários estudos demonstrando que memória e sono estão intimamente ligados. Considere o sono como a cola que você precisa para fixar tudo na sua memória. Então de nada adianta estudar um monte e não ter uma quantidade de sono adequada.
Não introduza os passos de uma vez, inicie com um, crie o hábito, e quando conseguir avaliar que está cumprindo como planejou, passe para o próximo. Escolhas conscientes, planejadas e paulatinas são mais possíveis de serem mantidas, seguidas e efetivadas.