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Estudar em grupo: uma boa estratégia ou um tiro no pé?

           Estudar em grupo pode ser uma ótima experiência, com aprendizado real, ou apenas um amontoado de colegas, falando sobre tudo e sobre nada, todos ao mesmo tempo, sem chegar à conclusão nenhuma.
        Tanto pela minha experiência como estudante quanto como docente, foram poucas vezes que presenciei estudo em grupo ser produtivo, sempre por um detalhe muito simples e que vem sendo constantemente negligenciado: planejar o que fazer.
          Às vezes esse estudar se trata de fazer trabalho e pode haver um aproveitamento melhor do tempo, pois, o grupo já teve uma orientação inicial do que deve ser feito, ainda assim há uma dissonância entre o rendimento e participação dos indivíduos.
         Estudar em grupo deve ser considerado um projeto, e qualquer projeto que se preze deve resultar em um produto final: um índice, um resumo, um cartaz, uma música, um mapa do conteúdo, enfim, algo que reflita o que foi trabalhado.
Planejar o que será feito pode mudar esse quadro. Um esquema simples seria usar quatro comandos básicos: o que, como, por quanto tempo e qual o produto final.
         Exemplo: O que vamos estudar: 3 capítulos de história.
         Como: Cada um lê uma parte e explica para o grupo e faz uma síntese dos fatos para todos anotarem; por quanto tempo: 10 minutos para cada um estudar sua parte e 10 para apresentar para o grupo. Produto final: síntese do material, questões produzidas e respondidas, resumo por itens, dissertação do tema, etc.
         O recurso de estudar em grupo é importante porque muitas vezes ao ouvir o outro falando sobre determinado assunto o estudante pode ter um insight ou fazer uma associação de ideia nova e aprender conceitos que antes não tinha nem notado.
Se for bem orientado é um recurso com ótimos resultados, entretanto, deve ser usado como uma variação dos esquemas de estudo.
         Ainda pode ser um recurso precioso no desenvolvimento do estudante de uma forma geral, pois, no grupo o individuo utiliza vários recursos emocionais, como, por exemplo, respeito pela opinião alheia, capacidade de espera, solicitude, além de partilhar ideias e perspectivas de vida, coisas que só se aprende com o outro, in loco, não na vida virtual!

Gilmênia Bueno

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